Hand-Painted Fabric aka The Lipstick Cushion

handpainted-cushion-cover

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Na noite em que estampei aquele tecido com uma batata, usei essa mesma tinta para pintar outra capa de almofada. Inspirada novamente por um tecido da Rebecca Atwood, diluí bastante a tinta com água e usei um pincel grosso de aguarela para fazer estas marcas no pano (ainda aquele lençol antigo de linho grosso… vou ter muita pena quando ele tiver sido todo usado).

Agora que olho para esta fotografia, só consigo pensar em baton. Apesar de não ter sido essa a intenção, a verdade é que, quando misturei a tinta (usei um bocado de tinta encarnada e um bocado de cor-de-rosa fuchsia), tentei aproximar-me do tom de baton que a minha avó mais usava… e acabei por fazer uma interpretação bastante literal desse meu ponto de partida.

Tenho recebido algumas perguntas em relação ao tipo de tinta que uso para estampar tecidos (e aproveito para pedir desculpa por não estar a conseguir responder a todos os comentários… esta história de escrever um post por dia tem muito que se lhe diga). Até agora ainda só usei dois tipos de tinta: 1-tinta para têxteis; 2- tinta acrílica misturada com um aditivo têxtil (em inglês chama-se “fabric medium”… não sei ao certo o nome em português). Na semana passada comprei outro tipo de tinta que ainda não experimentei: “screen-printing ink” (mais uma vez, não sei se em português haverá um termo específico para “ink”… algo mais específico do que simplesmente “tinta”). Também há que use “dyes” (tinturas? corantes?) e lhes adicione um espessante para transformar essa “dye” numa pasta que possa ser utilizada para estamparia têxtil (estou cheia de vontade de enveredar por aqui um dia).

Ouçam, estou longe de ser especialista nesta matéria — estou a aprender fazendo e tenho-me divertido imenso. Encorajo-vos a experimentar estampar umas coisas!

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On the night I stamped that fabric with a potato I also painted another cushion cover. Inspired by this Rebecca Atwood fabric, I watered down the paint and used a thick watercolour brush to make these marks on the cloth (I used that antique coarse linen sheet I love so much… I’m going to be sad when it’s finished).

When I see this cushion I can only think of lipstick. I did think of the colour of my granny’s lipstick when I mixed up the paints (a red and a fuchsia) but now, looking at this photo, I realise that the inspiration came out in a very literal way. 

I’ve been getting a few comments regarding the type of paint I use to print fabrics (and I’m sorry I haven’t been replying to every single comment but this daily posting challenge takes up so much time). Up until now I’ve only used two types of paint: 1- fabric paint; 2- acrylic paint to which I’ve added some textile medium. Last week I bought some screen-printing ink but I haven’t used it yet so I can’t comment on it. Some people even thicken up dyes with a specific print paste (I’m really eager to give that a try one day).

Look, I’m far from being an expert in this field — I’m learning as I go and I’m having so much fun. I encourage you to just tryout a few things and see what you like!

 

Potato Printing

7/100

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Ontem à noite estampei uma capa de almofada. Usei meia batata que encontrei no nosso jardim (nunca plantámos batatas mas todos os anos desenterramos pelo menos uma dúzia delas… claramente os donos anteriores da nossa casa cultivavam-nas), um resto de lençol antigo de linho e uma mistura de duas tintas para tecidos.

A cor acabou por não ficar bem como eu queria — a mistura original era mais escura mas, depois de seca, revelou-se bastante mais cor-de-rosa do que a minha ideia inicial. Não faz mal, logo verei se resulta ou não com os outros tecidos que ando a reunir para a nossa sala. Se não resultar, posso sempre utilizá-lo para outra coisa.

O padrão é claramente inspirado neste tecido da Rebecca Atwood, cujo trabalho admiro imenso e cujo livro comprei há pouco tempo. A primeira vez que vi este tecido foi numa almofada na sala antiga da Emily Henderson. Uns meses mais tarde voltei a vê-lo no sofá da Erin Boyle. O padrão é tão simples mas tão incrivelmente eficaz! A minha estampagem ficou longe de perfeita, porque foi feita à noite, um bocado à pressa, sem régua nem medições, mas por acaso até gosto dela assim. Já não usava carimbos de batata desde a minha infância e não há dúvida de que funcionam bem!

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Yesterday evening I printed a cushion cover. I used half a potato I found in my garden (even though we’ve never planted potatoes here, every year we dig out at least a dozen of them… clearly the former owners of our house used to grow them), a piece of an old linen sheet and a mix of two fabric paints.

The colour didn’t turn out exactly as I had planned — the original mix was much darker but, once it dried, it turned out much more pink than I had anticipated. That’s all right, I’ll wait and see if it’s going to work with the other fabrics I’m putting together for our sitting room. If it doesn’t work, I can always use it for another purpose.

The pattern is clearly inspired by this fabric by Rebecca Atwood, whose work I admire and whose book I bought a few weeks ago. The first time I noticed this fabric was on a cushion in Emily Henderson‘s former living room. A few months later I saw it covering Erin Boyle‘s sofa. The pattern is so simple but so incredibly bold and graphic! My printing has turned out less than perfect because I was doing it at night, kind of in a hurry, without any rulers or measurements, but I actually like it this way. I had not used potato stamps since childhood and they’re incredibly effective!