Muito obrigada por todos os comentários, mensagens e emails sobre o nascimento do Pedro. Hesitei bastante antes de partilhar aqui a história completa (embora não esteja assim tão completa… com o passar dos dias fui-me lembrando de mais pormenores) — ponderei publicar no blog uma versão aligeirada e condensada dos acontecimentos, mas depois achei que não faria sentido… e agora estou contente por não o ter feito. Num blog como este, a fronteira entre o pessoal e o privado nem sempre é fácil de estabelecer e, na maior parte das vezes, refreio as minhas partilhas. Mas este caso é especial.
Dentro daquela aflição tivemos uma sorte enorme, já viram? Decidi logo não me zangar com a parteira (ela faz parte de um sistema que funciona assim), assim como não pensar naquilo que poderia ter corrido mal. Correu tudo bem e sinto-me incrivelmente agradecida e abençoada.
Por aqui estamos em pleno modo pós-parto/recém-nascido, com todos os incómodos, dúvidas, surpresas e alegrias que isso implica. Dar de mamar com sucesso e gerir as birras do Rodrigo são, sem sombra de dúvida, os maiores desafios, mas os momentos de puro deleite não faltam: ver os abraços que o Rodrigo dá ao Pedro, descobrir covinhas numas bochechas já tão cheias, quando nos dá um intervalo bom à noite. Mais uma vez digo que temos uma sorte imensa.
A minha prioridade é alimentar o Pedro, dar atenção ao Rodrigo e dormir, mas vou tentando fazer outras coisas aqui e ali, nem que seja só durante 5 minutos. Comer uma taça de iogurte no jardim. Apanhar flores. Coser uns triângulos para o meu novo quilt de Primavera (que comecei na véspera do nascimento do Pedro).
Cá estamos, e está tudo bem.
Thank you so much for all the comments, messages and emails regarding Pedro’s birth [I still haven’t translated the whole story into English but I’m hoping to do it over the next week]. I second-guessed my decision to share the story here but now I’m glad I’ve done it. On a blog such as this one it’s sometimes hard to define where the personal ends and the private begins, and more often than not I limit my sharing quite a lot. But Pedro’s birth was special.
Amidst the tribulation we were incredibly lucky. I’ve no hard feelings and I’ve decided not to think about what could have gone wrong. Everything went well and I feel so blessed and thankful.
Aound here we are buried deep into post-partum/newborn mode, with all it entitles: discomfort, doubts, surprises and joy. Breastfeeding successfully and managing Rodrigo’s temper are the main challenges right now, but we’re also experiencing moments of pure delight: watching Rodrigo cuddling Pedro, finding dimples in his round cheeks, when he sleeps for a good few hours at night. I’ll say this again and again-. we are so lucky.
My priorities now are feeding Pedro, spending time with Rodrigo and sleeping but I’m trying to carve out 5 minutes here and there to do other things. Like eating a bowl of yoghurt in the garden. Picking flowers. Piecing some triangles for my spring quilt (the one I started on the eve of Pedro’s birth).
We are here, and all is well.
(photos: © Constança Cabral)