Pão Caseiro :: Homemade Bread

 

A minha rotina diária mudou tão radicalmente desde que o Rodrigo nasceu que coisas tão simples como fazer pão parecem agora uma grande façanha…
A receita que uso faz dois pães e é a seguinte:
1,2 kg de farinha para pão (às vezes uso só branca, outras vezes misturo com sementes ou integral)
12 g de fermento seco para pão
25 g de sal grosso
780 ml de água tépida
1 colher de sopa de azeite (caso use farinha integral)
Juntar todos os ingredientes numa taça grande e amassar durante 10 minutos (eu uso um KitchenAid mas  há quem amasse à mão). Deixar levedar durante cerca de 2 horas. Dividir a massa em dois e formar dois pães. Deixar levedar os pães em tabuleiros durante cerca de 1 hora. Cozer em forno a 200ºC (pré-aquecido) durante 35 minutos.
(esta receita uma adaptação da receita original do Tom Baker)
Ever since Rodrigo was born, my daily routine has changed so dramatically that making bread now seems almost like some sort of achievement…
 
The recipe I use makes two loaves:
 
1,2 kg strong bread flour (sometimes I’ll only use white flour, other times I’ll mix it up with wholemeal)
12 g dry active yeast
25 g coarse sea salt
780 ml lukewarm water
1 tablespoon olive oil (in case you use wholemeal flour)
 
Weigh all the ingredients into a large bowl. Knead for 10 minutes (either by hand or with the help of a KitchenAid mixer). Let it proof for approx. 2 hours. Divide the dough in two and shape two loaves. Let them proof on trays for approx. 1 hour. Bake in a pre-heated oven at 200ºC for 35 minutes.
 
(this is an adaptation of Tom Baker‘s bread recipe)
(photo: Constança Cabral)

Açúcar Baunilhado :: Vanilla Sugar

O que fazer com as vagens de baunilha depois de usadas as sementes? É tão simples fazer açúcar baunilhado: basta pô-las dentro de um frasco com açúcar, esperar umas semanas e já está!
What to do with vanilla pods once you’ve used up the seeds? It’s so simple to make vanilla sugar: just pop the pods inside a jar filled with sugar, wait a few weeks and that’s it!

(photos: Tiago Cabral)

Winter :: Orange Chiffon Mini Cakes

No Inverno há sempre citrinos óptimos e ontem apeteceu-me imenso um bolo de laranja para o lanche. Na edição de Dezembro de de 2007 da revista Everyday Food encontrei esta receita de orange chiffon cake (que recomendo vivamente). Como não tinha uma forma suficiente grande para a enorme quantidade de massa (uma forma grande de pão-de-ló teria sido perfeita), lembrei-me de deitar o excedente em formas de cupcakes. Para a cobertura, usei metade desta receita e, como sempre, deixei de fora o extracto de baunilha (não gosto dos meus bolos a saber a Dan Cake…).
Winter is great for citrus fruits and yesterday I really felt like eating a slice of orange cake for afternoon tea. Luckily I found this great recipe for orange chiffon cake in the December 2007 issue of Everyday Food magazine — it yields an enormous amount of batter and since I didn’t have a cake tin that was big enough for it, I poured the leftovers into cupcake cases. To ice the mini cakes I used half of this recipe and, as always, left out the vanilla extract.
(photo: Constança Cabral)

Presentes da Cozinha :: Gifts from the Kitchen

Hoje fomos conhecer um bebé novo, minúsculo e absolutamente amoroso. Como já tinha oferecido aos pais um dos meus babetes, hoje à tarde levei-lhes apenas um frasco de doce de laranja amarga e uma lata de bolachas de chocolate (a receita vem neste livro extraordinário). Foi uma tarde mesmo bem passada!

Today we met a new, sweet little baby. As I had already given her parents one of my bibs, this afternoon I simply took them a jar of homemade marmalade and a tin of chocolate biscuits (I used a recipe from this fabulous book). What a lovely time we had!

(photo: Tiago Cabral)

Spéculoos

Por esta altura do ano, as cozinhas do norte da Europa começam a cheirar a bolachas de gengibre — há um ano fi-las, mas este ano apeteceu-me experimentar algo diferente. O Tiago e eu vamos muitas vezes a Bruxelas e há uns meses trouxe de lá material para fazer os famosos spéculoos: um livro, uma forma de madeiraa mistura de especiarias. Ao princípio não consegui usar a forma especial e recorri a cortadores de bolachas normais; passadas umas horas (sim, porque esta receita leva 1 kg de farinha e dá para muitas dúzias de bolachas), já com a cozinha mais quente e com a massa mais moldável, lá acertei com a espessura correcta e consegui fazer os moinhos. As bolachas são óptimas e a casa ficou a cheirar a Natal!
Around this time of the year, kitchens in northern Europe start to smell like gingerbread — last year I made some but this year I wanted to try something a bit different. Tiago and I often go to Brussels and a couple of months ago I bought there some equipment to make the famous spéculoos: a book, a traditional wooden mould and some spice mixture. At first I couldn’t figure out how to use the mould so I went for normal cookie cutters; a couple of hours later (yes, since this recipe calls for 1 kg of flour and yields many dozens of biscuits), with the kitchen warmer and the dough much more pliable, I managed to get it right and made some nice mills. The biscuits taste great and our home now smells like Christmas!
(photos: Constança Cabral)

Queques de Chocolate :: Chocolate Muffins

Em tardes frias, escuras e chuvosas, nada melhor do que fazer um bolo. Há uns dias apeteceu-me comer  queques de chocolate — folheei os meus livros de receitas e acabei por fazer os queques deste livro. Pontos a favor: são rápidos e fáceis de fazer (aliás, é uma receita ideal para crianças). Pontos contra: são bons, mas não são excelentes. Se quiserem experimentar, a receita aparece aqui (se bem que em medidas americanas).
On dark, cold, rainy afternoons, there’s nothing better than baking a cake. A few days ago I had a craving for chocolate muffins — I flipped through my recipe books and ended up making the muffins from this book. In favour: they’re quick and easy (in fact, it’s the perfect child-friendly recipe). Against them: they’re good but they’re not amazing. If you want to give them a try, the recipe is here (in American measurements).
(photo: Constança Cabral)

Crumpets

Crumpets são algo que só provei em Inglaterra. Uma espécie de panquecas mais pequenas, altas e fermentadas, são especialmente bons torrados e a escorrer manteiga e/ou doce. Fazê-los é fácil (apesar de demorar bastante tempo porque o lume tem de estar baixo) mas é preciso ter uma forma circular especial — na falta dela, usei o aro de metal que o Tiago usa para empratar os cozinhados deliciosos com que ele às vezes me brinda ao fim-de-semana. A receita que usei saiu no jornal de domingo e está disponível aqui.
Crumpets are something I only tasted for the first time in England. A sort of small, thick, yeasty pancakes, they’re especially good toasted and dripping with butter and/or jam. Making them is easy (although it takes a while because you must cook them over a gentle heat) but you must use a special circular mould — I didn’t have one so I used the metal ring Tiago uses to prepare his weekend gourmet dishes (rare but absolutely delicious). The recipe was published in Sunday’s paper and is available here.

(photos: Tiago Cabral)

Autumn :: Roasted Chestnuts

Apesar de não ser grande amiga de rotinas, vibro com rituais — daí dar tanta importância às estações do ano e a tudo o que elas representam. Um dos pontos altos do meu Outono é comer castanhas assadas, seja na rua (em Lisboa são vendidas em todas as esquinas de Outubro a Dezembro), seja em casa. Ontem assámos castanhas — distraímo-nos e ficaram demasiado tempo no forno, mas mesmo assim deu para matar saudades.
Although I’m not too keen on routines, I’m extremely fond of rituals — that’s why seasonal pleasures resonate so much with me. One of the high points of my autumn is eating roast chestnuts, either in the streets (they’re sold in every corner in Lisbon from October to December) or at home. Yesterday we roasted some — we lost track of time and overcooked them but even so they gave us a little taste of home.

(photos: Tiago Cabral)